segunda-feira, 27 de julho de 2009

Windows and . . . and

Sabe, Jhonn, . . .

(Penso e vago num quarto de hotel, defronte a tela do computador; sei que estou longe. E não prossigo!
Não pela distancia, chão, terra, brisa - lanhando minha delicadeza com a insustentabilidade que eu sei que não é dela, ela é sólida, a brisa, minhas impressões nesse momento que se desalinham fácil, fácil...

Fácil como amar defronte a tela, dend'hotel, isso sim, distante.

Não pude guardar o desenho que a brisa fez a minha volta,agora. Será que ela volta?

Entendeu? Distante.)

. . .

It and that and

Isso não é verdade, isso não é mentira: é um viés misericordioso.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Seed and skin and

Se lembra de quando se eninhavas sob o lençol com teu-Ele/com teu-Ela e a certa altura "trocavam seus dedos entre?"

Somos Amelie Poulain trocando grãos por devãos na pele.

He and me and

O primeiro título que pensei para esse Blog foi algo com "Transa".

Tem quem acenda um cigarro, há quem vista a roupa e o que houver largado, ou diga nada, somente poros e bocas ainda úmidos,suados, e cada qual beba o que há pra ser saciado do silêncio dado; eu, que já encenei todos esses papéis, sim, depois da última, dei pra fazer um blog.

Poderia bem entitular "Depois da Transa", com total propriedade. Acho que é seu verdadeiro título. Mas tenho mania de máscaras. E um imprestável pudor disfarçado em eufemismos. Bateu, então aquele receio:Poxa, expor minhas transas e vida íntima?
Opa, pudor em alerta! Idéia sabotada!
(Reduzi-me a vestir a roupa e acender cigarros).

Quatro dias depois, reavivou-se a idéia do blog. Cor amadurada. Não era só vaidade de um diário de aventuras sexuais (nem tão gloriosas assim). A urgência fazia-se mais, precisa e aplainada. Aquela mesma sentida "Antes da transa". E aquele amante, já esquecido pela demanda infernal da semana, tomou forma de uma santa adorada. (Digo da fé: canalha! Pois dele mesmo não trago nem o nome! Mas, indiferente, a fé o clama para o altar tão tão solitário) Eis a amurada: por que me arrasto tanto nos desejos, nos segredos, nos degredos da curva de seu braço?

Cigarettes and chocolates and

(...)
Eu te acendendo um dois três cigarros
você me contando histórias surdas com sua culpa,
com seu jeito moço de quem é afoito,
mas morre de medo do mar,

nos lambuzando de chocolates abandonados
feito cigarros nas geladeiras

- a infância do pecado aceito -

e trocamos nossos dedos entre
(Jack Borandá)

Classificado para a "Coletânea Ladjane Bandeira de Poesia", produzida e editada pela Fundação de Cultura Cidade do Recife (no prelo).