sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Word and silence and

Tudo por um triz de novo
a página que não movo
deixa assim
virar rasgar queimar
não dá conforto
eu sei de cor

e ouço atrás
do silêncio mais gritante
que calamos
a culpa em cada gesto franco
qual o descanso?

Sobre palavras avarandadas
debruçados estamos.
não digo nada
Joplin não pára de gritar
e o já sussurrei jurando antes.
(ontem, praguejando)

que língua é essa?
que tanto nos beijamos...
estrangeiros e pátrios!

Tudo por um triz de novo
eu sei de cor
por onde tal estamos.

Tudo por um triz, de novo
o arame que percorro
deixa assim
cair saltar partir
não dá conforto
eu sei de cor

o risco pelo qual nos salvamos

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

songes et mensonges et

Se eu fugir
dobrar a esquina
te deixar o cigarro
ou algo marcado
por ternura

vem zen

Pelos telhados
de zinco quente,
um chão possivel

Se eu beijar teu blue
e te negar açucar
ou te atiçar os pêlos
e não dar direito

vem zen

Pelos telhados
de zinco quente,
um chão possível.

E nem é tanta consideração
ao que roubasse ou que te devo.

ladrão que rouba ladrão
tem no ensejo mil deleites .

E nem é tanta consideração
pelo que roubasse ou que te devo.

quites e são,nos perdoem então,
quem estejam a salvos.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Here and anywere and

Enquanto espero
Escrevo uns versos,
os meio-fios são meus prédios, espero,
esmero desejos na ausencia,
deserto feliz,
eu espero

Enquanto espero
notícias alardes
fugazes,
tão certo,
o incesto do que quero
de mim para ti,
taõ branco
tão meu
meu alvo.

Espero.

domingo, 16 de agosto de 2009

Perfum and others and

...Teu perfume me veio pelo Outro.
Suor de madeira que eu sentia
sempre que cravava as unhas
na casca dura pra flagrar a Tua seiva.

Teu perfume me usurpa Teu fato.
O Outro me entrega a coragem
no que se evola
o doce e o covarde

e o que adivinhei além
pelo testemunho,

audácia da língua morta mas úmida
que se quer viva
mesmo bruta,

e por isso se embebeda,
suga da boca outra o gosto da terra

elaborada.

Teu perfume ainda se fixa.
O Outro me entrega a coragem
no que se evola
o doce e o covarde

e de maneira
tão esquiva
como o norte
que tentei alcançar terra-a-terra, a tato

- redenção de toda morte é o palmilhado -
- teu perfume e os outros -

sei que sou moço
e perto do nada.