Vou me fingir de ateu
mesmo quando matas
todos os deuses
com seu desejo junto ao meu
e me perguntas
"Crer em quê?"
Vou desenganar a Teseu
mesmo quando sois o novelo
desfiado amiúde
da túnica de tua nudez
e aludes
"Labirinto meu"
a fita vermelha no braço esquerdo
ResponderExcluircontra o quebranto
o medo estagnado no beijar de dentes
o choque
o medo estampado no corpo
feito de tatuagem
o medo de errar o poema
" o que queres quando escreves?"