Não confunda os pés por entre os rastros.
Sei por onde cheguei.
Difícil é encarar quando a estrada se estende inteira
e nós: à parte - recolhendo pegadas,
estudando atalhos, pedindo carona a algum vento sensato.
Perdão, por nada se ter a perdoar.
A estrada que não nos cabia.
Agora, um p'ra cada margem.
Quando me estendia a mão era menor a minha confusão.
Quando me estendia a mão era menor a própria estrada
Quando me estendia a mão não doía tanto assim a caminhada
de nós a parte, recolhendo pegadas,
estudando atalhos, pedindo carona a algum vento solidário
Calculando gentilezas para cobrir a dor alheia que se imagina responsável
mas no fundo tão minha como um espelho evitado
Ir e sempre ir
ir sempre, e...
E o que se faz com uma estrada abandonada? Onde se guarda?