segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ao som de "Go or go ahead"

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Não confunda os pés por entre os rastros.
Sei por onde cheguei.
Difícil é encarar quando a estrada se estende inteira
e nós: à parte - recolhendo pegadas,
estudando atalhos, pedindo carona a algum vento sensato.

Perdão, por nada se ter a perdoar.
A estrada que não nos cabia.
Agora, um p'ra cada margem.

Quando me estendia a mão era menor a minha confusão.
Quando me estendia a mão era menor a própria estrada
Quando me estendia a mão não doía tanto assim a caminhada

de nós a parte, recolhendo pegadas,
estudando atalhos, pedindo carona a algum vento solidário

Calculando gentilezas para cobrir a dor alheia que se imagina responsável
mas no fundo tão minha como um espelho evitado

Ir e sempre ir
ir sempre, e...

E o que se faz com uma estrada abandonada? Onde se guarda?

2 comentários:

  1. Não. Definitivamente não é brega. Precisamos, às vezes e de muitas por sinal, de alguém para nos dar a mão nos caminhos tortuosos. De amor. E quando esse coração é abandonado, o que resta? Onde se guarda a dor. E o coração? E a estrada se confunde com o nós! Com o 'eu'. Somos a própria estrada procurando rastros. Pena que os rastros são insensatos...

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