quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Idílio

te vejo nas sombras dos galhos
com pássaros e frutas maduras
a me oferecer, sempre
mordo tua polpa
e minha boca se enche do teu sumo
te assumo então, tão meu
quanto o sinal na curva do meu pé
sobre o mata-pasto
que cresce perto do açude
assim como meus cabelos
que ninguém corta, que ninguém solta
basta tirar a mão da menina dos meus olhos
pra, em paz, eu imaginar ouvir teu nome
na queda livre de cada folha seca
que se cai dura e repetitiva
e persistem cactos
como as frutas e a sombra (tua sombra)
onde vejo teus galhos ao sol

Jhonn Abreu

O autor do poema mantém um ótimo blog: http://loucura-coagulada.blogspot.com/

Um comentário:

  1. os cigarros e o vento.
    o calor dos seis meses de claustro.
    anyone understanding

    be there, inside my heart.

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